Produção: Rafael Parada (www.twitter.com/rafaeltvunivale)
Música: Walisson "Paulistinha"
Letra: Tiago Barreto e Marco Abreu
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Esse termo refere-se ao ano de 1848, que foi considerado pelo historiador Eric Hobsbawm como um período onde ocorreu uma revolução potencialmente global. Vários movimentos rebeldes na Europa e até mesmo no Brasil (Revolução Praieira em Pernambuco) insurgiram-se contra as monarquias absolutistas e contras os interesses burgueses. Foi uma verdadeira onda de sublevação contra o pensamento único da época e contra o status quo, mesmo que os objetivos ainda fossem dispersos.
Transportando a ideia para o século XXI, pretenderemos abordar, nesse novo álbum, 7 (sete) importantes focos de resistência existentes em qualquer lugar do planeta. Desejamos dar visibilidade aos movimentos que provam, através de atitudes criativas e/ou corajosas, que é possível reinventar novas possibilidades de organização econômica e social.
Composição do álbum
O álbum será composto de 10 faixas, letras em espanhol e português, minitextos complementares para cada tema abordado e fotografias .
As faixas
- Introdución (a fazer)
- Imperativo (pronta)
- Movimento 1
- Movimento 2
- Movimento 3
- Movimento 4
- Movimento 5
- Movimento 6
- Movimento 7
- Primavera dos povos (faixa experimental)
Envie-nos uma breve resenha, com ou sem letra, abordando algum movimento que represente um foco de resistência econômica, social ou cultural de qualquer lugar do planeta. Se possível mande fotos/imagens ilustrativas
Exemplo:
Coconut Revolution (Revolução dos Cocos)
Moradores da Ilha de Bougainville (Papua Nova Guiné), cansados de ver suas florestas e reservas minerais destruídas, decidem enfrentar o poder econômico de uma grande mineradora britânica e o poder político dos exércitos de Papua Nova Guiné, da Austrália e de mercenários contratados. Mesmo vencendo os soldados inimigos, a ilha enfrenta um embargo econômico de 7 anos e assim, com muita criatividade e otimismo, os moradores conseguem desenvolver formas alternativas e sustentáveis de produção de alimentos, armas, remédios, energia elétrica e combustíveis. Uma orgulhosa “ecorrevolução” sustentada por um caráter messiânico libertador.
Contatos:
www.myspace.com/hastacuando
hastacuandohc@gmail.com
por uma questão sócio-ambiental
Estamos em Ipatinga-MG, cidade cálida, industrial e escolhida para fazer parte do rol de centros urbanos brasileiros integrantes da política de substituição de importações, adotada pelo governo nacional no período pós-guerra. Substituímos as importações de alguns bens e maquinários e recebemos toda sorte de indústrias pesadas, com suas prodigiosas formas de poluição. Pagamos toda essa “conta ambiental” com nossos recursos naturais (água, ar, solo e vegetação) e, hoje, nos encontramos no dilema: desenvolver a economia e, ao mesmo tempo, preservar/prolongar os recursos da natureza.
Num contexto global, vivemos na era da mercantilização das coisas. Quase tudo se transforma em mercadoria e a luta pela preservação ambiental toma ares de econegócios. As exaustivas disputas entre as empresas pelas tais ISO e outros atestados de qualidade e respeito ao meio ambiente nos dá uma falsa impressão de que o espírito da modernidade caminha para uma consciência global. Ledo engano! Criticamos o modelo atual de gestão e apropriação do espaço que criam desigualdades, exclusão e destruição ambiental, mas encontramo-nos abertos às alternativas concretas, necessárias e desejáveis.
A sustentabilidade é um conceito muito abrangente e, jamais, deveria limitar-se à relação economia/natureza. Toda essa problemática passa por uma questão social e cultural muito importante: o consumo. O calcanhar de Aquiles desse modelo de consumo é o fato que três-quintos da humanidade encontra-se excluído ou parcialmente excluído dele (o que pode ser aplicado à nossa cidade). Portanto, vislumbra-se uma sociedade sustentável que não se preocupa com o imperativo da dignidade e da felicidade coletiva. Nosso atual sistema sobrevive com medidas compensatórias de governos e empresas e a mercê dos fluxos do mercado. Com isso, a questão ambiental não emerge a outras entidades e classes sociais.
Diante disso, acreditamos em quatro aspectos básicos:
1. O enfretamento das questões ambientais é indissociável da construção da justiça social. Atores coletivos e sociais como ONG’s, sindicatos e movimentos sociais devem participar na construção de idéias sustentáveis e justas.
2. A construção de alternativas práticas de preservação e mitigação do meio ambiente devem ser construídas de forma coletiva e democrática.
3. Uma pequena ação de preservação/mitigação ambiental é apenas auxiliar e local. Os problemas são resolvidos lentamente de dentro pra fora.
4. A sociedade precisa de mudanças profundas de hábitos e práticas para que se construa uma sociedade sustentável. Mas para isso é necessário que assumamos uma postura de educador para aprofundar o debate sobre o tema.
Acreditamos em projetos humanos economicamente viáveis, ecologicamente corretos, socialmente justos e culturalmente aceitos Esse é o sonho daqueles que aspiram a justiça, o respeito à natureza e a igualdade entre os homens e que ainda não foram entorpecidos pelo perfume da indiferença. O mundo é uma possibilidade!